segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

JNV Saúde- Você Precisa Saber!!

JNV  ANO 1 Nº 1      JAPARATUBA      SERGIPE         Pág. 197



                           JNV SAÚDE- VOCÊ PRECISA SABER



"Prevenir ou Remediar? Médicos divergem sobre a retiradade órgãos saudáveis para evitar um eventual câncer no futuro."
Ter uma alimentação balanceada, fazer exercícios, não fumar, beber com moderação e ir ao médico com frequência e uma periodicidade regular são conselhos de ouro para ter uma vida exemplar e saudável. Há, porém, quem adote medidas extremas na tentativa de evitar doenças graves e, consequentemente, o sofrimento. Um exemplo de cuidados com a saúde que divide  os médicos é o polêmico mapeamento genético, que promete identificar o risco de desenvolver 46 doenças genéticas - de Alzheimer à obesidade. Uns defendem o exame, alegando que a pessoa pode mudar o seu estilo de vida. Outros acham o teste um exagero.
"Vivemos numa sociedade com baixa tolerância ao sofrimento. Há coisas que podemos prevenir ou detectar precocemente e começar um tratamento, mas tem outras que não há como saber se vão acontecer. Prevenir é importante, mas não pode parar de viver e se privar das coisas com medo de ficar doente", diz a psicóloga Cecília Zylberstajn.

Para tentar impedir o desenvolvimento de um câncer, alguns médicos podem indicar remédios e cirurgias preventivas para mulheres saudáveis, mas com alto risco de desevolver a doença. "Alguns remédios diminuem em até 80% as chances. A cirurgia preventiva (retirada das mamas ou do útero) reduz em até 92% o risco", diz o oncologista Ricardo Caponero.

O caso da inglesa Sally Maguire, de 43 anos, deu o que falar: Ela decidiu retirar os dois seios saudáveis para prevenir o câncer de mama e, aos 28 nos ovários. Motivo: a mãe, a avó e a bisavó morreram de câncer nos ovários.

"OPTEI PELA RETIRADA DOS SEIOS. PARA MIM FOI MAIS IMPORTANTE ESTAR VIVA E LIVRE DO PROBLEMA DO QUE QUALQUER COISA"
Felipe Roitberg oncologista do Instituto do Câncer do estado de São Paulo (Icesp), deixa claro que, apesar da eficácia comprovada deste tipo de procedimento, ele não deve ser indicado a qualquer mulher que queira se prevenir da doença. " Não basta apenas ter medo de ter câncer. Para se submeter a este tipo de tratamento, deve ficar comprovado que a mulher tem, um risco alto de desenvolver um tumor maligno", explica o especialista. Além de serem considerados procedimentos extremos, os médicos ainda precisam ponderar os efeitos colaterais, que podem ser graves. No caso do uso dos medicamentos, eles vão desde o aumento do risco de trombose e câncer de emdométrio até ondas de calor, secura vaginal, alteração nos ossos e perda de libido.

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